Eduardo Cavaco regressou aos órgãos sociais do Feirense (reeleitos há uma semana), precisamente para o lugar que deixara, há quatro anos, a Ana José, a primeira mulher a liderar a Assembleia Geral (AG) na história do clube, e que sucedeu no cargo já na tomada de posse da Direcção. Um detalhe curioso numa fase especial ainda marcada pelos resquícios da festa da subida à I Liga. Retoma a presidência da AG com o espírito de que "todos são poucos para ajudar o Feirense", pelo que se apresenta como "mais um elemento" com prestígio para "apelar aos exportadores e empresas locais para apoiarem o principal representante do concelho". "Quando o Feirense chamar por nós temos de estar presentes, dentro das nossas possibilidades", acrescentou.
A crise económica tem tendência a afastar parcerias, o que diminui o investimento no futebol. Não havendo dinheiro, aperta-se a margem de manobra para quem dirige um clube que faz jus ao lema antigo de "pagar pouco para pagar sempre" e que "cumpre com todas as obrigações". Eduardo Cavaco sabe bem o que isto significa, pois já presidiu o Feirense há 20 anos, mas conhece ainda melhor o rigor a que está habituado Rodrigo Nunes. Foi numa das empresas do grupo de Eduardo Cavaco que o presidente reeleito refinou as técnicas como director-financeiro. "Teve sempre escola de alguém que sabe cumprir, tem palavra de honra e tem princípios", conta Eduardo Cavaco - orgulhoso de ter nascido "mesmo ao lado do Marcolino de Castro".
Este conhecimento privilegiado serve de garantia de que a Direcção do Feirense "não paga muito, mas paga certinho e não compromete nada", porque, alega, "o clube é um bem para transmitir para as futuras gerações". Além disso, o património do Feirense enriqueceu-se "com uma zona desportiva espectacular", onde evoluem centenas de miúdos. É aqui, sublinha, que "está o êxito e o futuro": "investir nas infra-estruturas para avançar para altos voos", concluiu.
in: jornal "O JOGO"
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